PRODUÇÃO: A produção de tilápia no Brasil alcançou 662.230 toneladas em 2024, um salto de 14,36% em relação ao ano anterior (579.080 t). O desempenho reforça a liderança da espécie na piscicultura nacional, respondendo por 68,36% da produção total de peixes de cultivo no País. A tilápia lidera entre as espécies de peixes de cultivo no mundo. De acordo com a FAO e consultorias internacionais, em 2024, a produção ficou próxima de sete milhões de toneladas. Mais do que isso, há projeções de aumento de até 5% na produção global em 2025, elevando a oferta total para 7,3 milhões de toneladas. Para este ano, as expectativas são positivas, especialmente porque se espera redução de custos a partir da maior oferta de grãos utilizados na alimentação. Outro fator está ligado à valorização crescente da espécie como uma proteína mais acessível e de indiscutível qualidade, o que projeta ampliação do consumo.
EXPORTAÇÕES: As exportações brasileiras de peixe no primeiro trimestre de 2025 foram as maiores dos últimos anos. O volume exportado foi de mais de 3.900 toneladas, aumento de 89% com relação ao mesmo período do ano passado. Em faturamento, houve crescimento ainda maior: de 112%, chegando a mais de US$ 18,5 milhões. Esses são alguns dos dados do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura , publicado a cada três meses pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura ( Peixe BR ).
Como era de se esperar, a tilápia permanece a principal espécie exportada. Entre janeiro e março, foram praticamente US$ 17 milhões de faturamento, que significaram 92% do total. Na sequência, mas bem abaixo, estiveram curimatá e tambaqui (com 3% cada) e pacu (com 2% do faturamento total no período). Também como vem sendo nas últimas análises trimestrais, os Estados Unidos foram o principal importador da piscicultura nacional, responsáveis por mais de US$ 16,3 milhões ou 88% do total no primeiro trimestre deste ano. Com 7%, o Peru foi o segundo colocado, seguido do Canadá com 2% e China e Japão com 1% das exportações cada.
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PRODUÇÃO MUNDIAL: Até 2025, a produção da aquicultura na América Latina e no Caribe poderá chegar a 3,7 milhões de toneladas – volume que representa um aumento de 39,9% para o setor na comparação com 2013-2015, quando a média produtiva das atividades aquícolas atingiu a marca de 2,7 milhões de toneladas. No Brasil, a expectativa é de que o segmento cresça 104% durante a próxima década. Os dados são de um novo relatório publicado na quinta-feira (7) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Em âmbito global, a produção deve crescer até atingir 195,9 milhões de toneladas em 2025. Até 2015, médias anuais não haviam ultrapassado o volume de 166,8 milhões de toneladas. De acordo com a FAO, esse aumento pelos próximos dez anos será sustentado pela expansão da aquicultura em países em desenvolvimento – estimada em 26%. O Brasil é citado pelos investimentos significativos feitos no setor, o que deve levar o país a um crescimento acima da média de outras nações emergentes.
ROTA DA TILÁPIA - Referência no segmento, Pernambuco passa a ter uma Rota da Tilápia. Projeto aprovado e promulgado pela Assembleia Legislativa tem o objetivo de reunir 17 municípios criadores desse tipo de pescado, para que realizem uma série de ações conjuntas para potencializar a economia e expandir a cadeia produtiva. De acordo com o IBGE, o município pernambucano de Jatobá, no Sertão de Itaparica, é o maior produtor do Nordeste e o terceiro do Brasil. Outras cidades como Floresta, Itacuruba, Belém do São Francisco e Petrolândia, todas no Sertão no Sertão do São Francisco, também têm apresentado crescimento nos últimos anos. Em 2022, Pernambuco negociou R$ 350 milhões ao produzir 28,9 mil toneladas do peixe. Publicada no Diário Oficial de quarta-feira (17), a proposta aponta que as cidades contempladas serão beneficiadas diretamente através dos impactos produzidos por setores como comércio e turismo, a partir do fomento à criação de festivais gastronômicos e eventos culturais. Também pelo incentivo à capacitação profissional para atuação nas atividades relacionadas à cadeia produtiva.Municípios da Rota da Tilápia : Além de Jatobá, Floresta, Itacuruba, Belém do São Francisco e Petrolândia, integram ainda a Rota da Tilápia os municípios de Tacaratu, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, Petrolina, Salueiro, Terra Nova, Ibimirim e Inajá