Dentre os peixes mais consumidos mundialmente, as tilápias estão na segunda posição, atrás apenas da Carpa (ANIMAL BUSINESS BRASIL, 2019 ). São espécies de peixes da Ordem Perciformes, família Cichlidae, pertencentes aos gêneros: Oreochromis, Sarotherodon, Petrotilapia e Tilapia, sendo as do gênero Oreochromis as mais cultivadas. Dentre as muitas espécies de tilápias cultivadas comercialmente destacam-se a produção da Oreochromis niloticus (tilápia do Nilo), a O. mossambicus (tilápia mossâmbica), a O. aureus (tilápia azul), O. maccrochir, O. hornorum, O. galilaeus, Tilapia zillii e a T. rendalli (EL-SAYED, 1999 ).
Classificação científica da tilápia do Nilo:
Nome científico: Oreochromis niloticus
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Ciclidae
Gênero: Oreochromis
A espécie possui um sabor suave, cor branca, sem odor forte e baixo teor de gordura. Porém, esses não são os únicos benefícios da tilápia. Por ser um alimento rico em proteínas, esse peixe é um forte aliado para quem deseja ganhar massa magra e perder peso, especialmente, por possuir uma quantidade muito baixa de carboidratos. A espécie também contém vitaminas A, B e D, bem como minerais, incluindo cálcio, ferro e zinco. Dentre os vários benefícios proporcionados por esses nutrientes, estão a melhora na saúde dos dentes e dos ossos, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, possui ação antioxidante, além de ser regeneradora de músculos e tecidos. Ele também é um peixe rico em ácido DHA, um ácido graxo do tipo ômega-3, que oferece benefícios à saúde do cérebro, protegendo da ação degenerativa de radicais livres. Fora isso, a tilápia também ajuda na digestão, impedindo inflamações e a prisão de ventre.
A tilápia é o grupo de peixes que mais cresce do ponto de vista da produção em cativeiro, chegando na atuali dade a ser a segunda espécie mais cultivada em todo o mundo, atrás apenas das carpas, e a primeira no Brasil. As tilápias, conhecidas como “frango aquático”, estão espalhadas em mais de 100 países e presentes nos mais diferentes mercados.
Há 77 espécies de tilápias descritas e distribuídas basicamente nos três gêneros: Tilapia, Sarotherodon e Oreochromis. Entre as espécies descritas, quatro têm se destacado na aqüicultura mundial, graças as suas características, são elas:
Tilápia nilótica ou do Nilo (Oreochromis niloticus) Tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus), Tilápia azul ou Tilápia áurea (Oreochromis aureus) e a Tilápia de Zanzibar (Oreochromis urolepis hornorum).
As tilápias apresentam hábitos alimentares que vão do herbívoro (alimenta-se de plantas), fitoplanctófago (alimenta-se de algas), omnívoro (alimenta-se de diferentes tipos de alimento) ao detritívoro (alimenta-se de restos de organismos). A tilápia nilótica, que é a mais cultivada, apresenta hábito alimentar fitoplanctófago, mas aceita muito bem rações comerciais e artesanais elaboradas à base de subprodutos da agropecuária.
A sua maturidade sexual está muito relacionada com o clima da região, condições de espaço, manejo e alimentação. Geralmente, começa a reproduzir-se por volta dos 4 a 5 meses de idade, colocando em média 800 a 2.000 óvulos/desova ou 4 a 5 óvulos g-1 de peso vivo de fêmea. Por ter reprodução precoce e grande quantidade de alevinos na deseova se tornou um excelente peixe para criação em cativeiro, tendo apenas que passar os alevinos por processos de inibição sexual (hormonização), para que durante o ciclo de cria e engorda ( em média 7 meses) não haja reprodução.
A tilápia apresenta dimorfismo sexual, ou seja, é possível diferenciar machos de fêmeas. Entre as diferenças, é possível citar o número de orifícios na região ventral, cuja fêmea apresenta três orifícios (ânus, oviduto e uretra) e o macho apenas dois (ânus e orifício urogenital, sendo este último a abertura por onde passam urina e sêmen).